Não espere nada de mim e não esperarei nada de você. O que eu precisar saber, aprenderei com teus acasos e teus detalhes. Não vou multiplicar meus desgostos e fazê-los chover encima de você. Serão ditas na tua cara apenas as culpas que forem suas (e as minhas).
Mas não pense em ser a pessoa que quiser porque eu não me obrigo mais a tantas adaptações impressionistas que, na verdade, não me impressionam em nada. Não peça para que eu vista a moda que não gosto e nem invente de me integrar na tua. Eu amo ser brega e não ter o que vocês chamam de sal. E se me quiser é assim: insossa, desassossegada, colorida ou monocromática, doce demais ou amarga que nem café de bêbado.
Quero que bata a porta com força quando tiver vontade de ir e, por favor, não tenha receio de me magoar. Seja exatamente aquilo que é de verdade. Não se prenda a ideia de que sou sensível, romântica e cansei de decepções. Nada disso! Faça o que der na telha. Ame-me ou odeie, esteja ou vá embora, segure ou solte. Não vou morrer de você (acredite).
Pode criticar também. Não precisa segurar cem por cento um ciúme só por achar que sou a frente de tudo (estou longe disso). Eu não sou nem um pouco madura para aturar ver você com outra. Portanto, brigue! Entenda o fato de ter medo de me perder para outro, seja impulsivo, pergunte-me aonde foi que você errou para que eu agisse de forma A ou B. Eu gosto de sentimentos, de vontades, de seguir. E embora as circunstâncias não tenham favorecido isto, não consigo (felizmente) ser uma mulher pequena, frágil e cansada de decepcionar-me com os “amores”. Valorizo o passado sim, porém não o suficiente para ser escrava dele; sou experiente e vou saber exatamente quando for a hora de dizer que prefiro sofrer SEM, do que COM você.
Me ama e só. Me ama com atitude (não só com meras palavras), me ama com vontade, me ama sem obrigações e sem medos. Se assim não for, não precisa ficar! Procura teu rumo que eu não deixarei de andar só porque você não ficou para caminhar comigo.
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